Ela fez com que todo o ramo brasileiro seguisse seu conceito importado da Europa e transformou as simpáticas – porém ainda simples – padarias em espetaculares lugares para se degustar cafés, refeições completas e refinados quitutes da pastellaria
Farinha de amêndoas especiais, cremes holandeses, produtos belgas, treinamentos de confeiteiros na Itália, Espanha e França. Os cafés e doces ganham outro sabor quando se fala em Romana. Nenhuma padaria brasileira foi a mesma, depois que a confeitaria e rotisseria campineira trouxe para o país o conceito europeu das “padarias/cafés da manhã” ou “superpadarias” como foram chamadas na época.
Se antes as padarias eram lugares onde se buscava o pão nosso de cada dia (e nada mais), hoje elas oferecem muito mais do que modestos sonhos de padaria. Apresentam chefs renomados assinando seus cardápios e atraem o público com o que há de melhor da cafetaria, confeitaria, rotisseria, creparia e gastronomia requintada. A Romana, pioneira no assunto, transformou as idas à padaria da esquina em verdadeiros eventos sociais com direito a comidinhas, doces e salgadas, de tirar o chapéu. Ou melhor, de lamber os dedos.
Lá, é possível encontrar uma enorme variedade de bolos, tortas e doces preparados com cuidado extra, ingredientes importados e selecionados especialmente para compor cada uma das receitas. Segundo Cláudio Roberto Fernandes, 53 anos, proprietário da Romana Confeitaria e Rotisseria, um de seus confeiteiros passa pelo menos 4 meses na Itália todos os anos em busca de aprimoramento e as melhores receitas para oferecer aos exigentes clientes que passam todos os dias pelas unidades espalhadas em Campinas.
Aberta 24 horas por dia, a busca pela excelência pode ser comprovada – e degustada – em especial na linha de doces oferecida pela casa. A cada época do ano, respeitando as temperaturas brasileiras e o gosto do cliente - que se transforma juntamente com as estações - doces especiais são elaborados. No verão, frutas frescas e delicadas compõem os quitutes feitos com farinhas especiais. No inverno, os saborosos cremes holandeses dão vida às massas doces expostas na quituteria da estação. Difícil escolher a melhor sobremesa da Romana, mas pode-se citar ao menos três de se comer rezando: chocolates-fatia, Ópera Tradicional e Profiterole com calda de chocolate e sorvete de creme, verdadeiras reverências à confeitaria.
Muito além dos doces...
O lugar é um dos pontos mais bem-frequentados e democráticos da cidade. Celebridades, políticos, socialites e intelectuais são apenas alguns dos grupos que batem ponto da padoca Romana, que está sempre lotada, não importa a hora.
Seguramente localizada em um dos pontos mais valorizados do Cambuí, a Romana da Avenida Coronel Silva Telles é a menina dos olhos do grupo que reúne mais uma unidade no Parque Dom Pedro, outra loja de 1800 metros quadrados em Barão Geraldo, além da rotisseria Romana no Ventura Mall, rede Premiatto, Boulangerie e Big Jack. Segundo Cláudio, mais de 1.100 pessoas fazem parte do quadro de funcionários das empresas.
A casa oferece cafés da manhã, almoço executivo, buffet de saladas, buffet de antepastos, chá da tarde, happy night e sopas e cremes, em especial nos dias frios. “Cerca de 600 litros de sopa chegam a sair por noite no inverno”, frisa o proprietário. O segredo para tanto sucesso, segundo Cláudio, nada mais é do que a satisfação do cliente. Para ele, ver a clientela satisfeita é a melhor motivação para se continuar trabalhando em busca do melhor.
Por este cuidado, já vale sentar por lá em um final de tarde e saborear um Chocolate Italiano durante o friozinho ou um Orange Shake nos dias quentes, enquanto se joga conversa fora com amigos. Vale mais ainda, estender a visita para começar a experimentar cada guloseima do cardápio, nem que as visitas se estendam por dias a fio. Afinal, ir à Romana é sempre um prazer. Seja aos olhos ou ao paladar. (Foto Eduardo MP Dantas - Matéria "Pitadas de Sucesso" - 9a Edição Mercado Gastronômico Março 2010)